Líderes do G20 reforçam apoio à saúde global e ampliam base de doadores da Organização Mundial da Saúde
A primeira rodada de investimentos da Organização Mundial da Saúde (OMS) alcançou um marco significativo durante a Cúpula de Líderes do G20 no Rio de Janeiro, presidida pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Chefes de Estado e líderes mundiais reforçaram o apoio ao financiamento sustentável da OMS, com novos compromissos financeiros anunciados. A África do Sul, próxima presidência do G20, prometeu manter o foco no tema em 2025.
O apoio foi registrado na Declaração dos Líderes do G20 no Rio de Janeiro, que destacou o papel central da OMS na coordenação da saúde global e a importância de financiamentos adequados, previsíveis e sustentáveis.
A rodada de investimentos, voltada para o 14º Programa Geral de Trabalho da OMS, já arrecadou US$ 1,7 bilhão em promessas, totalizando US$ 3,8 bilhões com outros acordos e parcerias. Isso representa 53% dos US$ 7,1 bilhões necessários para os próximos quatro anos, um avanço em relação a 2020, quando apenas 17% do financiamento estava garantido.
“O Rodada de Investimentos da OMS é sobre mobilizar o financiamento previsível e flexível de que a OMS precisa para salvar vidas, prevenir doenças e tornar o mundo um lugar mais saudável e seguro,” disse o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
“Agradeço ao presidente Lula por seu forte apoio à OMS e por sediar o ponto culminante da Rodada de Investimentos durante a Cúpula de Líderes do G20, e agradeço a todos os doadores por suas contribuições. Sou grato ao presidente Ramaphosa por levar adiante o compromisso de financiamento sustentável para a OMS na Presidência do G20 da África do Sul no próximo ano.”
“A Organização Mundial da Saúde representa os maiores ideais da humanidade. O investimento nos próximos quatro anos será recompensado muitas vezes em bem-estar. Isso lançará as bases para as futuras gerações”, afirmou Lula.
Desde seu lançamento em maio, a iniciativa diversificou a base de doadores da OMS, com 70 novas contribuições, incluindo países de baixa e média renda, além de filantropos e empresas privadas. O aumento no financiamento flexível, de 35 para 46 doadores, amplia a capacidade da organização de direcionar recursos para áreas prioritárias.
Com maior previsibilidade e resiliência financeira, a OMS espera otimizar a execução de sua estratégia e responder melhor a crises globais, enquanto novos compromissos de governos e doadores são esperados nos próximos meses.
Fonte: WHO