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Audiência no STF mantém hacker da vaza jato algemado em investigação sobre invasão ao sistema do CNJ

Segurança prevalece na audiência virtual do hacker Walter Delgatti Neto - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Audiência no STF Mantém Hacker da Vaza Jato Algemado em Investigação sobre Invasão ao Sistema do CNJ


Em uma audiência online realizada nesta terça-feira (1º/10) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Walter Delgatti, conhecido como o hacker da Vaza Jato, permaneceu algemado durante todo o procedimento, apesar de seu pedido para ter as algemas removidas. A audiência faz parte da investigação sobre a suposta invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Delgatti, que está preso em São Paulo, participou da sessão por videoconferência. Seu advogado, Ariovaldo Moreira, solicitou a retirada das algemas no início da audiência, argumentando que isso já havia ocorrido em uma ocasião anterior. No entanto, o agente penal presente na sala informou que, devido à presença de outros oito custodiados, não seria possível atender ao pedido por questões de segurança.

O caso em questão envolve também a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que compareceu à audiência para acompanhar os depoimentos das testemunhas. Na semana anterior, Zambelli havia solicitado dispensa da audiência de instrução, alegando mal-estar.

Carla Zambelli e Walter Delgatti, investigados por suposta invasão ao sistema do CNJ e falsidade ideológica. - Foto: Reprodução/Twitter Carla Zambelli
Carla Zambelli e Walter Delgatti, investigados por suposta invasão ao sistema do CNJ e falsidade ideológica. Dupla também é acusada de invasão e falsificação no sistema judiciário - Foto: Reprodução / X (Twitter) Carla Zambelli

Segundo as investigações, Delgatti e Zambelli são suspeitos de terem invadido seis sistemas do Poder Judiciário em 13 ocasiões distintas, entre agosto de 2022 e janeiro de 2023. Eles teriam inserido 16 documentos falsos nas plataformas, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além de ordens de quebra de sigilo bancário e bloqueio de bens do magistrado.

A denúncia da Procuradoria-Geral da República afirma que os dois tinham como objetivo "adulterar dados" e "prejudicar a administração do Judiciário, da Justiça e da credibilidade das instituições", visando obter vantagens políticas para Zambelli. O Ministério Público alega que a deputada teria contratado Delgatti para realizar as invasões, oferecendo em troca um contrato formal para prestação de serviços relacionados à sua atividade parlamentar.

Os acusados respondem pelos crimes de invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica. Uma nova audiência foi marcada para a próxima segunda-feira, dia 7 de outubro, para dar continuidade ao caso.

A manutenção das algemas em Delgatti durante a audiência levanta questões sobre as condições de segurança e a flexibilidade do sistema judicial em situações como esta, especialmente considerando a natureza virtual do procedimento.

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Emerson Tormann
Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica, especializado em Tecnologia da Informação e Comunicação. Atualmente, é Editor-Chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Possui ampla experiência como jornalista e diagramador, com…

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